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Primeira proposta de mandatA coletivA em Pernambuco. A gestão coletiva na política vem sendo um caminho que diversas experiências no país encontram para renovar os corpos na política institucional.

Em Pernambuco, cinco mulheres apresentam um projeto potente de resistência e busca por transformação da política. São cinco nomes para ocupar uma vaga na assembleia legislativa: Pela primeira vez em Pernambuco temos um projeto de mandatA coletivA para a Assembleia Legislativa. Cinco mulheres, representando com seus corpos e lutas pautas potentes que se unem no desejo de fazer diferente, de fazer política com brilho no olho e foco inabalável na justiça social.

É chegada a hora de se desafiar a construir uma democracia que possa ser feminista popular, plural, horizontal, socialista, anti-racista e anti-LBGTIfóbica. Cinco codeputadas estaduais numa candidatura que vale por muitas, que quer mexer nas estruturas político-sociais esgarçadas e extremamente abaladas diante da desesperança que paralisa o Brasil, abatido por retrocessos nos direitos fundamentais, especialmente os das mulheres, negras, periféricas e LGBTI.

A luta é inadiável, o momento é agora. Somos muitas e queremos morar, trabalhar, ter acesso a educação e saúde públicas, gratuitas, de qualidade e sensíveis a gênero. Se não houver esperança, morreremos invisíveis, engolidas por 1% que governa o
Estado e país em benefício próprio. Não nos darão a vez, nós vamos conquistá-la coletivamente, sempre JUNTAS.

Carol Vergolino, jornalista, feminista e mãe, é militante da cultura em Pernambuco, integrante do Conselho Estadual de Cultura e da diretoria da Associação Brasileira de Documentaristas (ABD/APECI). Membra da partidA, dos coletivos Mulheres do Audiovisual de Pernambuco e Agora É Com A Gente, defende a ocupação dos espaços políticos por mulheres.

Jô Cavalcanti, filha de pai feirante e mãe empregada doméstica, aprendeu cedo o que significa lutar. É feminista, negra, mãe, moradora da periferia do Recife, ambulante, militante do SINTRACI (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Informal) e coordenadora nacional do MTST Brasil (Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto.

Joelma Carla, nascida em Bom Jardim e moradora da cidade de Surubim, representa as lutas do interior do estado e das juventude. Militante feminista, foi candidata a vereadora em Surubim aos 18 anos, motivada por uma mudança social que se faz urgente e necessária.

Kátia Cunha, professora da rede estadual, militante feminista, participante ativa da luta sindical e presidenta do PSOL Igarassu. Defensora das políticas públicas voltadas para uma educação igualitária e valorização docente. Deseja construir uma Mandata Coletiva voltada integralmente para os interesses do povo pernambucano.

Robeyoncé Lima, primeira advogada trans de Pernambuco, é militante das pautas LGBT+, negra e feminista. Participou de diversos coletivos da Faculdade de Direito do Recife/Universidade Federal de Pernambuco e também da Comissão de Diversidade e Gênero da OAB/PE. Defende que estar na luta, assim como respirar, não é uma opção, mas sim uma questão de sobrevivência.”